sexta-feira, 26 de julho de 2013

Prova de amor


Mulher para toda a obra. Para o que der e vier.
Sente o drama do bêbado e vai buscá-lo na gandaia. Desde sexta-feira sem voltar para casa.
Roda o centro. Fuça o Bar do Emídio e o Bakanas. Uma volta na Praça, desce até a Rodô.
Até levou umas cantadas. - Ai, se não fosse o enrosco.
De folia com o sem vergonha, está grávida de três meses.
No Operário, conta a história triste e consegue entrar sem pagar. Dá um giro pelo salão e nada.
Enfrenta o medo e pergunta dele pros maloqueiros na pelada da cancha do Seminário.
Quase sem esperança, com o pé calejado de tanto andar. Encontra-o  jogando sinuca no Bola de Ouro.
Traz de arrasto. O boteco não se mete.
Descem a ladeira da Bertolino Pizzato. A candanga de cara amarrada, se equilibra no cano da bicicleta.
Ela bota fé na boleia do camarada. Confia sua vida.
O magrão vindo de gole e a magrela sem freio.
São, ele não é tão mau. Lembra o caminho de casa.

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